quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Iberê se diz "tranquilo" com parecer do TCE sobre contas do seu governo


Em enrevista a uma emissora local de TV, o ex-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) disse que encarava com “tranquilidade” com o resultado da votação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), cujos conselheiros votaram, em sessão na manhã desta quarta-feira (3), pela aprovação parcial das contas do seu governo.

Iberê elogiou o relatório do conselheiro Tarcísio Costa e ponderou que “algumas dúvidas que, eventualmente, tenham ficado serão esclarecidas pelos técnicos do meu tempo [como governador]”.

Em relação às “distorções” apontadas pelo relatório, como os mais de R$ 131 milhões de despesas a regularizar, Iberê disse que isso não representava dívida e negou que tenha entregado o governo em situação de “calamidade”, como afirmou ter sido divulgado pela nova gestão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

“Integrantes do novo governo divulgaram que havia uma dívida alta no Estado. Falaram em terra arrasada. Começaram dizendo que as dívidas eram de R$ 1 bilhão, mas quando o relatório da dívida foi publicado ficou em R$ 150 milhões. Isso não é impagável. Não há nenhuma calamidade”, argumentou.

Para justificar a tese que a situação financeira do Rio Grande do Norte não é tão difícil como afirma a atual gestão, Iberê sublinhou que o Orçamento do Estado é de mais de R$ 9 bilhões e citou a arrecadação de R$ 600 milhões em ICMS e ISS no primeiro semestre de 2011.

“Em 2010, tivemos uma frustração com a receita em função da crise de 2008, que se refletiu em 2009 e ainda em 2010. [A dívida] Não é nada que comprometa o Estado”, insistiu.

Questionado sobre as dificuldades financeiras que teriam herdado da ex-governadora Wilma de Faria (SPB), Iberê usou novamente o termo “frustração” para dizer que a receita de 2010 foi menor que o previsto.

“Tivemos frustração na receita do FPE [Fundo de Participação dos Estados] e dos royalties do petróleo. O Orçamento também sofreu modificações muito grandes pela Assembleia Legislativa. A rubrica pessoal ficou com R$ 250 milhões a menos. Assumi [o governo] com essa situação e priorizei o pagamento do funcionalismo”, explicou.

Iberê negou, ainda, que a aprovação dos planos de cargos e remunerações aprovados no final do governo de Wilma de Faria tenha lhe criado dificuldades administrativas. O ex-governador disse que os planos eram uma “necessidade” do funcionalismo público e lembrou que, à época, os projetos foram aprovados por unanimidade pela Assembleia Legislativa.

Fonte: Nominuto.com

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