O deputado estadual Vivaldo Costa confirmou que
deixará o PR, partido pelo qual foi eleito. Em pronunciamento no plenário da
Assembleia Legislativa e em tom de desabafo, o deputado disse que foi
"expulso" da legenda pelo deputado federal João Maia, presidente
estadual do PR. O anúncio levado ao plenário do Legislativo apenas confirmou o
que, no início da manhã de ontem, o deputado já havia dito no programa diário
de rádio que mantém em Caicó. Alex
Régis Vivaldo Costa avisa aos colegas de Assembleia Legislativa que não vai
mais integrar o PR.
Segundo Vivaldo, logo após as eleições de 2010, houve uma reunião no diretório
do PR em Caicó, principal colégio eleitoral do parlamentar. Naquele momento,
João Maia anunciou algumas mudanças. "Ele me descredenciou e retirou
Nildson Dantas (vereador de Caicó e aliado de Vivaldo Costa) do cargo de
presidente. Eu comandava essa bandeira do PR em Caicó há mais de 40 anos. Ele
(João Maia) disse em público que faria reformulações e desde esse dia começou o
descompasso", disse Vivaldo Costa, acrescentando que a confiança com João
Maia foi quebrada. "Digo sempre que confiança é como cristal, quando
racha, nada cola outra vez", ressaltou Vivaldo.
Ele afirmou que mesmo com as divergências já surgidas pós pleito 2010, preferiu
"aguardar" para tentar uma reaproximação. "Pela experiência que
tenho, resolvi ter paciência para ver se ainda era possível um retorno. Mas
isso não aconteceu", destacou o deputado.
Vivaldo Costa confirmou que chegou a planejar ingressar no PSD, partido
presidido pelo vice-governador Robinson Faria. Mas segundo relato do próprio
parlamentar do PR, o ex-deputado Carlos Augusto Rosado pediu para ele
permanecer na legenda de João Maia. "No entanto, fiquei incomodado nesse
partido e sei que incomodei também. Até que recebi uma ligação de João Maia
pedindo que eu deixasse o partido. Não tem mais condições de permanecer no
PR", disse Costa.
O argumento de que foi "expulso" do PR já aponta para o embasamento
da defesa do deputado Vivaldo Costa quando for provocado a se defender do
processo de infidelidade partidária, já que está deixando a legenda pelo qual
foi eleito.
Fonte: Tribuna do Norte.