O deputado estadual Gilson Moura (PV), derrotado na disputa de 2008 pela Prefeitura de Parnamirim, reafirmou que vai concorrer novamente ao cargo no próximo ano, mas reconheceu que vive um momento de isolamento político, com a perda de várias lideranças que o apoiaram na eleição anterior.
“[A candidatura] Está sobrevivendo pela força de Deus e do povo. O prefeito [Maurício Marques] fez uma reforma [administrativa] com o único objetivo de tirar [da gestão] as pessoas ligadas ao ex-prefeito Agnelo [Alves] e, no lugar delas, colocar pessoas que estavam na oposição. Houve uma clara cooptação da oposição”, acusou o pevista.
Gilson Moura disse estar “triste” com a adesão dos seus ex-aliados à administração do prefeito Maurício Marques (PDT), que deverá concorrer à reeleição em 2012. “Eu fico triste, porque oposição se faz com coragem”.
O deputado marcou presença na abertura do projeto Justiça na Praça, hoje pela manhã, em Parnamirim. O evento é realizado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), em parceria com a Prefeitura e o Governo do Estado. O cerimonial do TJ não o convidou para se sentar à mesa com as autoridades, mas o parlamentar afirmou não se sentir “constrangido” e ouviu, juntamente com o público, o discurso do prefeito Maurício Marques, anfitrião da festa.
Indagado se almeja o apoio do ex-prefeito e deputado estadual Agnelo Alves (PDT), maior responsável pela eleição de Maurício Marques, Gilson Moura disse que “existe um sentimento popular muito forte de rejeição à escolha de Agnelo”.
“O povo percebeu que o candidato de Agnelo não deu a continuidade [administrativa] prometida na campanha”, disse o deputado, ensaiando uma defesa do “legado” do ex-prefeito a que, antes, fazia oposição.
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