Embora a faxina no QG do Dnit, em Brasília, ainda não tenha atingido as superintendências do órgão, o Ministério Público e a Polícia Federal investigam 12 das 23 ramificações do órgão no País.
De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo, os pagamentos de propinas nas 12 superintendências vão de financiamento de amantes a pagamentos de "mensalão".
No Ceará, 27 funcionários, parentes e empreiteiras foram denunciados pela Procuradoria da República sob suspeita de fraudes no Dnit de lá. O esquema, aliás, constatou a investigação, é exatamente o mesmo que operava no Rio Grande do Norte e que levou à prisão dirigentes do órgão ligados ao PR no ano passado.
Segundo o MPF, no Ceará as empresas tinham até escritórios dentro do Dnit e elas teriam pagado mensalão aos dirigentes do órgão para terem acesso facilitado a obras e licitações.
O esquema era de propina fixa - 5% sobre os pagamentos -, exatamente como no RN, e serviu para financiar até a amante de um supervisor do Dnit em Fortaleza.
Em outros estados, mais siglas partidárias são incluídas. No Piauí, políticos do PMDB estão associados a um esquema de favorecimento de empresas ligadas a parentes dos dirigentes. Movimento semelhante foi orquestrado nos gabinetes do Mato Grosso.
No Acre, as investigações respingam sobre o PT. Três assessores do ex-governador Jorge Viana e quantro empreiteiros foram denunciados pela Procuradoria, sob acusação de desvio de R$ 22,8 milhões.
O Dnit diz estar tomando as providências necessárias em relação às suspeitas levantadas pelo MP e Polícia Federal.
Fonte: Nominuto.com
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