O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), prefeito Benes Leocádio, classificou de “equivocada e extremamente prejudicial” a decisão do Governo de cancelar mais de 200 convênios firmados com os municípios entre 2006 e 2010. “A decisão é equivocada, prejudicial à população e punitiva”, declarou o presidente da Femurn, em entrevista coletiva. Ele apelou à governadora Rosalba Ciarlini para que restabeleça o diálogo com os prefeitos e suas entidades. Benes Leocádio estima que com o cancelamento, os municípios vão perder pelo menos R$ 20 milhões.
O presidente da Femurn rejeitou declarações de integrantes de Governo que consideraram os convênios eleitoreiros. “Seriam eleitoreiros convênios firmados para reformar ou manter hospitais e unidades de saúde ou mesmo manter o Abrigo Juvino Barreto ou unidades da Liga Norte-riograndense Contra o Câncer e a Liga Mossoroense contra o Câncer?”, indagou o presidente da Femurn. “Não quero acreditar que a decisão tenha cunho político e que a governadora concorde com tais declarações”, completou.
O presidente da Femurn lembrou, ainda, que os convênios foram firmados com prefeitos de diferentes partidos políticos e que dentre os municípios beneficiados mais de 20 são governados por prefeitos que apoiaram a então candidata da Oposição e hoje governadora. Ao lado do presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde Pública (Copisrn), formado por 132 municípios para gerenciar a ampliação do Samu 192, prefeito Péricles Rocha, de Santa Cruz, o presidente da Femurn assinalou os pontos pelos quais contesta a decisão governo estadual.
O presidente da Femurn disse estimar em mais de R$ 20 milhões, sem incluir os R$ 10 milhões do Samu 192, o total de recursos necessários para honrar os convênios com os municípios.
Ele alertou principalmente para os prejuízos com o fim dos convênios para o Samu. “O governo cancelou o convênio com o consórcio formado por 132 municípios, um instrumento pioneiro que contou com a orientação do Ministério da Saúde. Em suma, acabou com um convênio que até o final deste ano estaria implantando o Samu em todo o Estado”, lamentou.
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