Ex-Governadora Wilma de Faria
Por mais que a prefeita Micarla de Sousa (PV) diga que está focada na administração e que ainda é cedo para tratar de eleição municipal, vários partidos e atores políticos já se manifestaram sobre a sucessão dela.
Vamos conferir:
- O vereador Adão Eridan, do Partido da República, já se lançou pré-candidato. Falou que anda articulando apoios.
- Outro vereador, o Ney Júnior, disse aos jornalistas que já é hora de o Democratas abrir as discussões sobre 2012. E afirmou que o partido de José Agripino Maia já tem um nome forte. Advinha?! Felipe Maia!
- Os líderes do PMDB - Henrique Alves e Garibaldi Filho - só falam em candidatura própria para daqui a dois anos após quatro eleições sem apresentar nomes. Adivinha quem surge no horizonte?! Waltinho, filho de Garibaldi.
- Coube a Sabrina Sato, do Pânico, tornar público que o PMN, partido de Robinson Faria, também tem postulante à cadeira de Micarla. Adivinha?! Ah, essa é mole: Fábio Faria, ex da apresentadora.
- Fernando Mineiro já colocou o nome à disposição do PT para disputar o pleito na capital. Terá de enfrentar o desejo ainda incubado de Fátima Bezerra, campeã de votos para deputado federal. Ela já perdeu quatro eleições em Natal, mas articula a quinta candidatura.
Temos outros pretendentes, mas vamos ficar com estes que já se manifestaram ou viraram potenciais pré-candidatos.
Agora é a vez do PSB de Wilma deflagrar a discussão sobre a sucessão de Micarla de Sousa. A defensora mais ardorosa desse processo é a vereadora Júlia Arruda. Não sei se em favor de Wilma, sua líder, ou dela própria, uma promissora aposta.
Júlia lembra que a falta de debate no último pleito provocou um racha na legenda. Rogério Marinho pintava como candidato a prefeito mas Wilma teve de passar o rolo compressor para o PSB apoiar Fátima Bezerra, do PT. O desfecho é conhecido: Rogério migra do PSB para o PSDB e passa a ser um ferrenho adversário da ex-governadora.
Pois bem. Pressionada pelos vereadores do PSB, Wilma de Faria aceitou abrir o debate da sucessão na capital.
Age diferente da época em que estava no governo quando evitava esse tipo de assunto. Wilma passou o segundo mandato com quatro nomes a sua sucessão - Robinson, Carlos Eduardo, João Maia e Iberê Ferreira - e só manifestou-se às vésperas de desocupar a Governadoria. Ficou sozinha com Iberê.
Agora, longe do poder e sem o tão cobiçado mandato de senadora, Wilma abre-se ao debate democrático com os vereadores.
Ela própria é um dos nomes à sucessão de Micarla. Por enquanto, Wilma desconversa quando indagada e chega a negar qualquer candidatura à Prefeitura de Natal.
Mas quem torce por ela, não precisa se aperrear. Wilma é propensa a uma mudança de cenário.
Na realidade, Wilma pode ser obrigada a disputar a eleição por causa de sua condição de "arrimo política". Várias famílias, incluindo a dela, se sustentam com a presença de Wilma na chefia do Executivo, seja estadual ou municipal. Como José Sarney lá no Senado, Wilma pode ir para o sacrifício.
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