quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Dilma Rousseff diz, pela enésima vez, que aeroporto de S. Gonçalo é prioridade

Aeroporto de São Gonçalo: só duas pistas em dez anos de obras

Eu não vou repetir o que todo mundo já está careca de saber: as obras do aeroporto de São Gonçalo do Amarante se arrastam há mais de dez anos. E não temos a certeza de conclusão e funcionamento desta grande área de infra-estrutura e de serviços.

O Rio Grande do Norte ainda aguarda o edital de concorrência para definir as empresas nacionais e internacionais que vão tocar a obra dos terminais de passageiro e de cargas.

Só na primeira etapa do terminal estimam-se gastos da ordem de R$ 600 milhões. Já foram investidos quase R$ 200 milhões nas pistas do novo aeroporto.

Perdi a conta das inúmeras reuniões da bancada federal e de governadores com o presidente da República e seus ministros.

Só a Lula o aeroporto de São Gonçalo foi apresentado uma dezena de vezes.

Em outra dezena de vezes, o pleito foi levado a Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil e coordenadora do PAC - Programa de Aceleração do Crescimento.

Ao longo desse tempo, a obra do aeroporto de São Gonçalo passou por dois presidentes da República - FHC e Lula - e por quatro governadores do RN - Garibaldi Filho, Fernando Freire, Wilma de Faria e Iberê Ferreira.

Agora é a vez da governadora Rosalba Ciarlini, de maneira correta, encampar esta luta. E o assunto foi tratado na primeira reunião dela com a presidenta Dilma Rousseff, em Brasília.

Dilma Rousseff repetiu a cantinela de sempre: o aeroporto de São Gonçalo do Amarante é uma prioridade do governo, é uma questão de honra.

Obra do terminal, que é boa, nada.

Essa história de aeroporto está ficando maçante. Chata.

As autoridades prometeram que o aeroporto fica pronto para a Copa 2014. Você acredita? Eu não.

Dia desses eu fiquei pensando: se o aeroporto de São Gonçalo estivesse localizado em Pernambuco ou no Ceará, estaria pronto?

A resposta é sim. Em Pernambuco ou no Ceará, a obra do aeroporto já estaria concluída pelo peso maior de sua classe política. As siderúrgicas, os portos, as refinarias e grandes indústrias são a prova de que estes dois estados levam tudo.

E poderiam ter levado o nosso aeroporto de cargas e de passageiros.

Pernambuco se assanhou para levar o equipamento.

A economista e socióloga Tânia Bacelar, especialista na economia nordestina com atuação marcante na SUDENE, comentou certa vez que o aeroporto só não ficou na região metropolitana de Recife porque não havia "vazio urbano", ou seja, não havia área disponível. Essa bateu na trave. E sobrou para o pequenino Rio Grande do Norte.

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