Um bloco de coalizão que começa a ser formado em torno do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), está sendo ventilado como mais uma ameaça ao projeto político do deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), a quem foi prometida a presidência da Câmara dos Deputados no biênio 2013-2014.
Desde que emplacou Ana Arraes, sua mãe, ministra do TCU, Eduardo Campos tem demonstrado potencial político que tem incomodado uma ala do PT. O governador de Pernambuco, inclusive, surge como opção para 2018, como um eventual sucessor do ciclo petista.
De acordo com a edição desta terça-feira (22) do Valor Econômico, Campos agora quer se aliar com o PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para rivalizar com PT e PMDB como maior bancada da Câmara dos Deputados. O novo bloco teria capacidade de ameaçar a eleição do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, para Presidência da Casa em 2013.
Não é o no que Henrique Eduardo acredita. Na sexta-feira (18), durante o Encontro Estadual do PMDB, ele se autoproclamou “futuro presidente da Câmara dos Deputados”, resultado que se concretizará se o PT, que detém a maior bancada da Casa, honrar o acordo feito com o PMDB.
É essa a garantia a que se agarra Alves, mas não é a primeira vez que à liderança da Câmara se apresentam obstáculos. O hoje ministro do Esporte Aldo Rebelo (PCdoB) também já esteve cotado para rivalizar com Henrique Eduardo. A permanência do comunista na pasta, contudo, não está garantida, o que poderá levar Rebelo ao páreo pela disputa.
Outra, embora menos provável, possibilidade é a de que Garibaldi Alves Filho, ministro da Previdência, seja reconduzido à presidência do Senado. Nesse cenário, seria inviável entregar à mesma família, partido, e estado, a presidência do Congresso Nacional.
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